Pessoal, boa noite.
A Catarina pediu-me para posta esta msg avisando a todos que finalmente o Gui está bem!!!!
A febre cedeu com a aplicação de imunoglobulina, o que confirma a Doença de Kawasaki (DK). Se não fosse a ajuda de vocês, que sugeriram a possibilidade de ser essa doença, provavelmente ainda estaríamos num embate com os médicos na UTI .
Bom, farei um breve histórico do que houve, com alguns comentários:
Dia 13/03 a 16/03: O Gui apresentava febre constante desde o dia 11/03, que não cedia com utilização de antibióticos (inicialmente Kerflex e depois Ceclor). Após três exames de sangue, houve exclusão de infecção por bactéria. Suspeitava-se então de virose e/ou alergia a dipirona sódica.
Dia 17/03: demos entrada com o Guilherme na UTI. Ele ficou no soro e aplicação de antibiótico intravenoso. Foi feito exame de urina p/ cultura de bactérias. Deu negativo.
Dia 18/03: a febre continuava. O antibiótico tb... Fizeram um rx e desconfiaram de uma pneumonia (?!?!?!?!). Isso foi motivo de controvérsia na equipe médica. Afinal, cadê os outros sintomas de pneumonia?
Dia 19/03: realizaram punção lombar p/ ver se não há meningite. O chato foi que apareceram com a instrumentação e nos explicaram apenas depois q reclamei com o nosso pediatra. Êta falta de ética... Furaram o coitado nas costas... o “tourinho” nem dormiu na hora com a sedação, ele ficou acordado! O resultado? Deu negativo.
Dia 20/03: chamamos por nossa conta um infectologista. Inicialmente, ele disse que o Gui parecia estar caminhando p/ uma melhora (???). Mas a Catarina perguntou a ele se poderia ser DK. O médico perguntou a respeito de outros sintomas (vermelhidão dos olhos sem secreção, inchaço das mãos e pés e mais alguns) e ela foi apenas confirmando. Para nossa surpresa, esses sintomas (que o nosso pediatra tinha conhecimento) não foram informados a ele... então, após conversa com o plantonista e o “nosso pediatra”, ele sugeriu q fosse administrado imunoglobulina (dose única de 12g por 12 horas). Até aí tudo bem, senão fosse o fato de não conseguirem acha mais nenhuma veia no nosso fiote... já tinha furado tudo. Tentaram nos braços (que ficaram inchados e roliços) e até na cabeça, mas NADA!!!
Então começou o “stress”: o nosso pediatra falou que seria realizada um punção (leia-se “pequena cirurgia”) para pinçar a veia sub-clávia (fica abaixo do ombro) e fazer um catéter. Falamos que não queríamos, mas ele insistiu e foi até um tanto rude.
À tarde a cirurgiã apareceu com a instrumentação, mas nós a chamamos num canto p/ conversarmos. Ela nos perguntou qual seria o tempo de medicação, falamos que era de 12 horas e ela falou da seguinte forma: “O quê? Só 12 horas? Mas é muito pouco tempo... não precisamos fazer punção p/ isso, podemos esperar até amanhã, tentar compressa, para acharmos uma veia periférica!!!”. ATÉ QUE ENFIM ALGUÉM COM HUMANIDADE!!!! Ela conversou com o pediatra de plantão, um médico mais velho, que acatou a colocação dela (e a nossa angústia) e resolveram conversar com o “nosso pediatra”, que estava “fora do ar”, em alguma reunião por aí...
Tive a oportunidade de conversar com um dos responsáveis técnicos do hospital, graças à intervenção de uma amiga que estava acompanhando toda a história desde o começo e ele me deu todo apoio, colocando o assunto em pauta na reunião dos pediatras que ocorreu à noite.
De todo jeito, após essa reunião, o “nosso pediatra” mais uns dois foram conversar com a Catarina, explicando a necessidade da pequena intervenção cirúrgica no Gui, mas mesmo assim continuamos inseguros. O nosso receio era de que o local do cateter se tornasse uma porta de infecção, já que o sistema imunológico dele estava muito debilitado.
Dia 21/03: não sabemos pq cargas d’água, mas logo pela manhã as enfermeiras tentaram novamente achar uma veia periférica. Conseguiram no pescoço, ainda bem!!!!! Às 11:11h da manhã começou-se a perfusão com sandoglobulina (um "superfiltrado" de imunoglobulina). O Gui apresentava 37,5ºC. Às 16:00h, ele estava com 36,7ºC e à meia-noite, qdo acabou-se a medicação, estava em 36ºC!!! BLZ!!!!
Dia 22/03: “Sem febre”. Era a Catarina falando pelo celular logo pela manhã. Era a frase mais desejada desses dias. Furaram novamente o nosso “tourinho” p/ fazer exame de sangue e desta vez houve queda em alguns parâmetros e estabilização da anemia. Esta anemia nos perseguiu todos esses dias. Se ela continuar estável, não será necessária uma transfusão de sangue. Estamos torcendo.
Eu não vou me prolongar mais nesse relato (tem história, MUUUUITA história p/ contar), mas vou deixar esse o gostinho para a Catarina.
A alta ainda não foi dada, mas possivelmente o será nos próximos 2 ou 3 dias.
Agradeço a todos pela força, pensamento positivo, orações, rezas, torcidas... Estamos muito felizes.
Um grande abraço a todos.
Ãs 19:20